Zarco
ZARCO partiu em busca de riquezas para o si. A tripulação - 5 marialvas que se riam de tudo o que acontecia sem nenhum motivo, e um Corsário que desesperadamente procurava um Rio.
ZARCO partiu em busca de riquezas para o si. A tripulação - 5 marialvas que se riam de tudo o que acontecia sem nenhum motivo, e um Corsário que desesperadamente procurava um Rio. Quando ZARCO deu com o destino , os 5 companheiros foram apalpar terreno. Ao seguirem uma Sombra que se escapulia para dentro do matagal, depararam-se com um portal Spazutempu e para lá saltitaram. Viajaram, sem saber como, até à Lisboa do século XXI e formaram um conjunto musical com o seu nome.
ZARCO é uma banda fundada em 2012 pelo baixista Gastão Reis, o baterista Pedro Santos, o guitarrista João Pereira Nunes e o teclista Manel Pereira dos Santos. Desde cedo dedicaram-se à composição de originais e durante os primeiros anos da sua existência foram dando concertos na zona de Lisboa. Em 2015 entra João Sala para substituir Manel Pereira dos Santos no teclado e no final desse ano começam a gravar algumas das canções que foram compondo desde a sua génese e que viriam a integrar o EP Zarcotráfico, produzido por José Moz Carrapa. No ano seguinte Fernão Biu entra na banda, trazendo à sonoridade do conjunto uma segunda guitarra e uma série de instrumentos de sopro. A mistura do EP termina no final desse ano, já com Fernão no grupo, e a edição dá-se em Janeiro de 2017. Durante esse ano os ZARCO dão os seus primeiros concertos fora de Lisboa e começam a compôr novos temas. Em Janeiro de 2018 estreiam no Chapitô o espectáculo "Conflitos de Armindo Piranha", um concerto intercalado por 3 rábulas escritas pelos membros da banda e com a interpretação de João Salgado. Também nesse ano, começam a compôr a banda sonora da ópera-rock Lisboawood, um espectáculo d'As Crianças Loucas, escrito por João Cachola. Ainda em 2018 lançam o single "Tava Num Bar" e compõe a banda sonora da curta metragem polaca "Krzyz na Droge" que estreia no ano seguinte no festival de Cannes. Em 2019 lançam o segundo single "Vitamina Z" e editam pela Cuca Monga o disco "Spazutempo", apresentado ao vivo no Teatro Ibérico, em Lisboa, com a participação do Coro Vozes da Terra. O álbum é depois apresentado ao resto do país em vários concertos realizados até ao início da pandemia. Em 2020, durante o primeiro confinamento, participam na produção do álbum Cuca Vida, gravado à distância pelos membros das bandas da editora Cuca Monga. No final desse ano o baixista Gastão Reis perde a vida num trágico acidente e a banda interrompe as actuações ao vivo. Em Junho de 2021 estreia no Teatro Meridional o musical Lisboawood onde as músicas são interpretadas ao vivo, com todas as sessões esgotadas. No mesmo período é editada pela Cuca Monga a banda sonora original da peça, um álbum duplo com o mesmo nome do espectáculo. Em Janeiro de 2022 lançam o álbum ao vivo "Apanhado" que reúne momentos dos últimos concertos que a banda deu em 2020. Em Maio de 2023 lançam o single "Devagar, de Mansinho" e editam em Junho de 2023, pela Cuca Monga, o 2º álbum da banda "Não Lembra Ao Diabo", apresentado ao vivo no Teatro da Trindade, em Lisboa.
"Não Lembra Ao Diabo” é a viagem de regresso de ZARCO. Estes 6 temas assentam em quatro estágios: Afastamento; Ritos de Entrada; Viagens Além Limites; Renascimento. De modo acústico, a banda quebra o silêncio e desdobra-se para se encontrar. O que encontrou? Talvez um modo de estar.
Nesta nova instrumentação, ZARCO sugere que numa descida aos infernos - ou por virtude da subida do mal - há sempre uma forma de escapar ou de fazer face aos infortúnios: cantar. Cantar como analogia para qualquer forma de expressão artística que nos ajude a compreender o mundo além do que a vista alcança.
Pois cantemos!