Miguel Marôco

Olá, o meu nome é ii-V-I e o teu, qual é?

Miguel Marôco (1999) iniciou, aos 5 anos, os seus estudos musicais na escola de música da Sociedade Filarmónica e Recreativa de Pêro Pinheiro, tendo aos 8 ingressado na Banda filarmónica da mesma, enquanto trompetista, e no conservatório de música de Sintra em Piano. Transfere-se depois para a Escola de Música do Conservatório Nacional, na qual conclui o 8º grau de piano, sob a tutela do professor António Hungria Rosa. Nesta escola, estudou ainda percussão e integrou o coro Musaico entre 2014 e 2018, tendo sido premiado em várias edições do Festival Coral de Verão, participado em competições nacionais e internacionais (FICA e International Chorwerttberb Miltenberg), gravado a obra Magnificat em Talha Dourada de Eurico Carrapatoso (Prémio SPA de Melhor Trabalho de Música Erudita 2017) e participado na produção da ópera O Monstro no Labirinto de Jonathan Dove, pela Gulbenkian. Durante estes anos, forma ainda o quarteto barbershop Contratempo, com o qual é laureado pela SABS em 2019. 

Iniciando, em meados de 2017, a escrita de canções originais, edita em dezembro de 2020 o seu primeiro EP – Noite – e em 2021 é o vencedor do concurso de submissão livre da 55ª edição do Festival da Canção com o tema Girassol, que interpreta na primeira semifinal da mesma. Ainda nesse ano, apresenta o seu primeiro longa duração – Marôco – gravado em casa e no Slow Music Studios. Com 5 canções em português e 5 canções em inglês, resume os seus primeiros anos de escrita e lança as sementes para as várias direções musicais que projeta seguir no futuro. Do indie de Contas à Vida ao fusion de Aquém, passando pelo folk de Lobo do Mar e Candlelight, e ainda do R&B de Till You Do e Lovely Guy ao clássico de Paintings In Blue; é um disco no qual tocou todos os instrumentos e que inclui todos os estilos que influenciam o seu criador, quebrando as barreiras entre os géneros musicais.

Dos esforços independentes, passa também a integrar vários projetos do panorama Indie nacional (Francisco Fontes, Atalaia Airlines, Rapaz Ego). Donde em nome próprio e com estes projetos vai percorrendo as salas de concertos e festivais do país, como a Festa do Avante!, Village Underground, Music Box, Super Bock em Stock, SMUP, BOTA, Titanic Sur Mer, BUS – Paragem Cultural, Palácio da Pimenta, entre outros. 

Em 2023, retorna ao estúdio para gravar o seu segundo álbum - A Eternidade - a editar no final desse ano sob o selo da Cuca Monga. Contando com o apoio do Fundo Cultural da SPA, é um disco mais audaz e rico em texturas sonoras que evocam a era dourada da gravação dos anos 70 e 80. Ao longo das suas 9 canções, explora as temáticas do tempo, da finitude e da insatisfação, entre personagens que aparentam ter as respostas para estes problemas mas que acabam no mesmo lugar que o autor onde ninguém dura para sempre.